O Inteegra Innovation foi encerrado na manhã de hoje (14), no Grand Hyatt, em São Paulo, com um bate-papo sobre a visão associativa e de mercado dos eventos corporativos – sejam eles 100% presenciais, virtuais ou híbridos.
“Olhando para o mercado local, diversos clientes (fornecedores) nos contaram que já estão vendo uma retomada, com alguns hotéis já tendo solicitações de salas até março e abril de 2022, com alguns dias já lotados. Além disso, parte das cotações já estão equivalentes ao que era antes da pandemia. Vemos o setor voltando e o que podemos dar de aviso é: fique atento, pois a grande questão do ano que vem será conseguir um local para o seu encontro”, afirma a sócia-diretora da Academia de Viagens Corporativas, Viviânne Martins.
Apesar de existir um mercado sedento para retornar, com a pandemia, o olhar se tornou muito mais apurado e as empresas passaram a refletir no porquê de estarem realizando aquele evento e quais são suas verdadeiras intenções.
“Será que para toda reunião e lançamento é necessário um evento? Esse é o termômetro de hoje. Estamos pensando melhor, queremos voltar, mas estamos analisando formatos diversos. Talvez mini meetings, eventos híbridos ou completamente presenciais. O que sentimos no mercado é isso, de que existe um questionamento de como serão esses modelos, dependendo da necessidade do cliente”, conta a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.
LEGADOS
Mesmo com toda a turbulência, dificuldades e necessidades de se adaptar, a crise sanitária causada pelo novo coronavírus provocou algumas mudanças positivas na indústria e deixou alguns legados que, com certeza, seguirão quando as coisas retomarem um pouco da normalidade. Talvez, um dos principais, é como as pessoas se relacionarão daqui para frente.
“Com o digital, agora estamos dentro das casas das pessoas. Vemos o cachorro, o filho, a obra que está acontecendo no local... as relações vêm de outro lugar hoje e a nossa crença é que não se fazem mais negócios entre CNPJs e, sim, entre pessoas. As relações de negócios mudaram, a comunicação entre elas também. É um olhar de construção em conjunto, de comunidade, em parceria. Não tem mais esse sentido de individualidade”, diz Giovana.
Para Viviânne, a humanização, apesar da tecnologia, é fundamental. “O que fica é a paciência, que antigamente não tínhamos quando a internet de um evento caía, por exemplo, e agora aprendemos a ter. Fica também a preocupação com a saúde mental, com o equilíbrio do ser humano. É ele que está na frente e por trás dos eventos. O que sai são as relações não empáticas, negociações imparciais. O legado que fica é nunca desistir, se unir, olhar para o outro”, finaliza.
Matéria Retirada do Site: www.panrotas.com.br
留言